POSTADO POR Elizabeth Clare Prophet |
Eu não acreditei em reencarnação quando ouvi sobre o assunto pela primeira vez. Eu me perguntava como as pessoas podiam acreditar nisso em uma época moderna, industrial e científica como esta. Quanto mais lia a respeito do assunto, entretanto, mais evidências encontrava.
Agora eu acredito na reencarnação, porque as evidências e as razões para isto, são muito grandes. Eu gostaria de compartilhar com vocês, essas evidências e razões:
Em primeiro lugar, as evidências religiosas.
Hoje em dia os Cristãos não creem na reencarnação porque não está na Bíblia.
Eles não sabem, no entanto, que os primeiros Cristãos acreditavam na reencarnação e que as referências à reencarnação foram removidas da Bíblia.
Conforme disse São Jerônimo, “as transmigrações (reencarnações) das almas foram ensinadas à muito tempo entre os primeiros Cristãos, como uma doutrina esotérica e tradicional, a qual era divulgada apenas para um pequeno número de eleitos.”
Os eleitos incluíam alguns dos primeiros Papas da Igreja.
São Gregório de Nyssa acreditava que “é absolutamente necessário que a alma seja curada e purificada; e que se isso não ocorresse durante a vida na Terra, deveria ser realizada em vidas futuras”.
São Clemente de Alexandria também apoiava essa crença; mas talvez, a pessoa mais associada com o princípio da reencarnação, fosse o seu pupilo, Origen.
“A Enciclopédia Britânica declara que Origen era o mais proeminente de todos os Padres da Igreja, com a possível exceção de Agostinho, enquanto São Jerônimo certa vez o considerou como “o melhor professor da Igreja, depois dos apóstolos”.
São Gregório de Nyssa denominou-o “o príncipe do conhecimento Cristão no terceiro século”. De fato, o conhecimento de Origen sobre as Escrituras era inigualável. Em seus escritos, Origen comenta em todos os livros, praticamente cada palavra das Escrituras.
Antes de qualquer coisa, Origen era um filósofo Cristão que sintetizou suas análises bíblicas e foi o primeiro a criar um sistema de Doutrina Cristã.
E o seu sistema, incluía a doutrina da reencarnação. No seu livro “Sobre Os Primeiros Princípios” “On First Principles”, podemos encontrar a expressão de sua crença na reencarnação e na lei do karma: "Cada alma vem a este mundo fortalecida pelas vitórias ou enfraquecida pelas derrotas de sua vida anterior ... Suas ações neste mundo determinam seu lugar nesse mundo (na terra) o qual deve seguir a este . . .”
Apesar de Origen ser considerado um dos mais proeminentes de todos os padres da Igreja, existiram aqueles, dentro da Igreja, que não acreditavam na doutrina da reencarnação e que, após a morte de Origen, veementemente atacaram suas doutrinas, criando uma controvérsia, a qual não estava oficialmente resolvida até o Quinto Conselho Ecumênico de Constantinopla em 553 D.C., mais de um século e meio depois.
O Conselho supostamente decidiu contra Origen e declarou a doutrina da pré-existência (e, por conseqüência, da reencarnação) herege. Eu digo “supostamente” porque existem algumas dúvidas se Origen foi realmente condenado. Historiadores eclesiásticos de todos os séculos permanecem divididos nessa questão nebulosa.
Romanos 9:11-13 fornece outro bom exemplo da fé na pré-existência, e provavelmente, reencarnação, na Bíblia. Ainda que estivessem no útero materno, Deus disse; “Como está escrito: Amei a Jacó, e odiei a Esaú.”.
Desde que Deus disse ter amado Jacó e detestado Esaú antes que tivessem nascido e antes que pudessem ter feito alguma coisa boa ou má nesta vida, isso claramente indica que eles têm que ter existido antes, quando então, fizeram alguma coisa boa ou má, para serem amados ou detestados por Deus.
Em Revelações 3:12, Jesus disse “Àquele que se superar, eu farei um pilar no templo de meu Deus, e ele não mais sairá”.
“Ele não mais sairá” isto tem um ou dois significados para mim, mas nenhum deles a Igreja aceitaria. Não precisar sair do templo de Deus novamente, implica que, uma vez nós já estivemos dentro dele – i.e. nós somos todos “Adões” e “Evas” que caíram do Paraíso.
Por outro lado, “não mais sair” pode significar que não há mais necessidade de reencarnar, de deixar o reino espiritual novamente para re-incorporar na Terra.
Há outras passagens Bíblicas que indicam a crença na pré-existência e provavelmente reencarnação. A maioria das referências a essas doutrinas foram provavelmente removidas da Bíblia.
O Imperador Justiniano pode ter sido o responsável por essas remoções. Ele foi responsável pela excomunhão dessas doutrinas.
Alguns acreditam que o Imperador Constantino retirou todas as referências da Bíblia no Conselho de Nicéa, e que a única prova encontra-se sob as cinzas biblioteca de Alexandria, que foi incendiada.
Outro motivo para a fé na reencarnação são os anos “perdidos” de Jesus. Dezessete anos, mais que a metade da vida de Jesus, estão inexplicados.
Onde estava Jesus entre as idades de 20 e 30 anos? Como podemos ter tanta informação sobre os 3 últimos anos da vida de Jesus e não termos nada sobre os dezessete anos anteriores?
Se Jesus estivesse em sua terra natal durante esses dezessete anos, certamente alguém o teria visto ou ouvido alguma coisa e teria sido registrado. Mas não há nada. Nada foi registrado porque Jesus não estava lá.
Onde ele estava? Jesus estava no Oriente! Conforme antigos Manuscritos Tibetanos vistos por quatro importantes pessoas, Jesus estava na Índia e nos Himalaias.
Ele foi lá para se preparar para sua missão na Palestina. Ele estudou com sacerdotes brahmanes, que lhe ensinaram coisas as quais ele usou naquela missão, tais como ensinar a palavra de Deus, curar e expulsar espíritos malignos, etc.
Por que iria Jesus para o Oriente preparar-se para sua missão a menos que ele acreditasse em reencarnação e karma? pois essa era a crença e o que ensinavam por lá!
Nicolas Notovitch, um jornalista russo, contou que existem sessenta e três manuscritos no Vaticano sobre o assunto Jesus no Oriente. Nicolas foi o primeiro a descobrir, em 1887, os manuscritos que revelam que Jesus passou dezessete anos na Índia e Himalaias.
Se você quiser aprender mais sobre os dezessete inexplicados anos da vida de Jesus, eu recomendo a leitura de “Os anos ocultos de Jesus” por Elizabeth Clare Prophet, Summit University Press, 1984.
Evidências religiosas da reencarnação podem ser suficientes para os que são religiosos, mas muitos não crêem na reencarnação ou em qualquer outra coisa, a menos que existam evidências científicas, provas.
Talvez a melhor tentativa de provar cientificamente a realidade da reencarnação tenha sido feita pelo Dr. Ian Stevenson.
Dr Stevenson é psiquiatra e educador, ex-presidente da Escola de Medicina da Universidade da Virgínia.
Os esforços do Dr. Stevenson, para provar a verdade da reencarnação, levaram-no a escrever “Vinte Casos de Reencarnação”.
Um caso envolvia um menino de quatro anos de idade, do Irã, que conseguia lembrar sua vida anterior.
Após arguir o menino sobre sua suposta vida passada, Dr Stevenson levou-o até o povoado onde ele disse que tinha vivido em sua vida anterior, para verificar se o relato do menino podia ou não, ser verdadeiro.
A vila ficava a mais de duzentas milhas de distancia e o garoto nunca estivera lá, nem soubera de sua existência por qualquer pessoa.
O menino disse que havia sido casado durante aquela vida, então o Dr Stevenson realizou um experimento, no qual enfileirou as mulheres idosas da aldeia e perguntou ao garoto com qual delas ele havia sido casado.
O pequeno menino dirigiu-se até uma das idosas e a chamou por um apelido carinhoso e secreto, conhecido apenas por aquela mulher e seu falecido marido.
O garoto também se dirigiu a um homem, que havia sido seu tio na vida anterior, e disse-lhe que havia emprestado dinheiro a ele e que ele nunca pagara a dívida.
O homem confirmou que isso era verdade e questionou-se de como o menino poderia saber sobre isso. Muitas outras coisas, relatadas pelo menino ao Dr Stevenson provaram-se verídicas.
Uma vez que o garoto não tinha meios de saber sobre elas nessa vida, ele ter vivido lá, em uma vida anterior, é a melhor explicação de como ele poderia saber dessas coisas.
Outro caso envolve também um garoto. Não é um dos casos do Dr Stevenson, mas também sugere fortemente a reencarnação como a melhor explicação para o fenômeno.
Nesse caso, os pais de um menino israelense de dois anos de idade, observaram que seu filho começara a dizer palavras que eles não entendiam.
Na tentativa de descobrir qual idioma o menino estava falando, o pai levou-o a um professor de idiomas na Universidade Israelense. O professor disse que o garoto estava usando palavras que eram usadas no tempo do Rei Davi há mais de 3.000 anos atrás!
Desde que ninguém nessa vida havia ensinado a ele essas palavras, como ele poderia conhece-las, a menos que tivesse vivido no tempo do Rei Davi, quando esse idioma era falado?
Sob hipnose, as pessoas têm sido capazes de falar fluentemente idiomas estrangeiros, sobre o qual nada sabem quando estão conscientes.
Como isso é possível? A explicação mais provável, é que em uma vida passada, essas pessoas viveram no país onde o idioma é falado.
A hipnose pode ser usada para obter evidências da reencarnação. Através da regressão hipnótica (e através de outros meios que sejam seguros) alguém pode ser levado a regressar no tempo.
Se a reencarnação é verdade, uma pessoa pode ser levada de volta para uma vida passada. Se alguém que regressa, revela informações sobre uma vida passada recente, que pode ser verificada através de pesquisa, isto pode ser evidência para reencarnação.
(Atenção - Elizabeth Clare Prophet não aprova a utilização da regressão para contato com as vidas passadas. Ela afirma que isto traz à tona, o karma negativo da vida passada visitada em regressão, quando ainda não estamos preparados para trabalhar este karma.)
Muitas pessoas já tiveram uma experiência de “deja vu”. Um lugar onde nunca estiveram antes, é percebido como muito familiar. Para alguns a experiência é tão forte que podem descrever em detalhes um lugar antes mesmo de vê-lo. Reencarnação é a explicação mais plausível para essas experiências.
Eles sabem como é um lugar, que nunca haviam visto antes, porque realmente estiveram lá antes, numa vida passada.
O General Patton acreditava em reencarnação. Ele disse que, quando estava na Sicília durante a II Guerra Mundial, ele sabia como era o terreno lá porque lembrava dele do tempo em que fora um soldado romano.
Um extremo interesse em um período histórico pode indicar reencarnação. Eu conheço alguém que tem um interesse muito forte na Revolução Americana. Muitos dos romances que lê são romances históricos sobre esse período.
Ele construiu um rifle como os usados na época e tem feito outras coisas que mostram sua atração por esse período. Eu também conheço outra pessoa que tem fascinação por, e um grande conhecimento sobre a Guerra Civil.
Alguns têm um interesse tão intenso pela Guerra Civil, que se unem à grupos, vão onde as batalhas aconteceram, vestem-se com roupas da época e re-encenam as batalhas.
Por quê algumas pessoas têm um interesse tão intenso em certos períodos históricos?
Eu acredito que para alguns deles, é porque já viveram durante esses períodos e o que vivenciaram, teve um efeito tão poderoso sobre eles, que ainda hoje, exerce influência sobre suas vidas.
Reencarnação pode explicar melhor os interesses, os talentos vocacionais de uma pessoa. Mozart, por exemplo, conseguia compor aos cinco anos de idade. Acredito que ele conseguia fazer isso porque tocara piano e compusera música durante muitas vidas. Ele pode ter tido centenas de anos de experiência.
Mozart não estava compondo pela primeira vez aos 5 anos de idade. Alguns poderiam dizer que sua genialidade era um dom de Deus. Mas porque Deus faria de um homem um gênio e ninguém mais? ou alguns poucos? Isto é justo?
Eu creio que um talento para música, ou qualquer outro talento, é um dom dado por Deus, mas também acredito que é necessário um longo tempo, muitas vidas, para desenvolver este talento até o nível da genialidade.
Qualquer que seja seu interesse vocacional ou habilidade, seja como médico, enfermeiro, carpinteiro, fazendeiro, soldado, músico, professor, pregador, religioso, etc. – você provavelmente desenvolveu este interesse e habilidade em vidas passadas.
Minha vocação é astrologia. De onde veio esse interesse e habilidade? O senso comum diria que é resultado de influências genéticas e ambientais.
Mas ninguém que eu conhecesse me influenciou – nenhum familiar, amigo ou professor – porque ninguém que eu tenha conhecido tinha qualquer conhecimento de, ou interesse por, astrologia ou de meus outros grandes interesses, os Mestres Ascensos e seus ensinamentos.
Eu acredito que a reencarnação fornece a melhor explicação para a minha habilidade na astrologia e no meu interesse pelos Mestres Ascensos – ambos desenvolvidos em vidas passadas.
Astrologia, por si só, é um excelente argumento a favor da reencarnação. Um astrólogo, por exemplo, pode dizer olhando um mapa de nascimento, se a pessoa tem muito medo, raiva ou qualquer outra característica negativa.
Deus não dá medo, raiva ou qualquer outra característica negativa aos bebês, ainda assim estão indicadas nos mapas construídos para o momento do nascimento. De onde vêm essas características? Elas vêm de vidas passadas.
Se um indivíduo teve muito medo ou raiva numa vida passada, ele ou ela, traria essa característica consigo para essa vida.
A razão para o mapa de nascimento de um bebê já indicar uma personalidade única e caráter com certas forças e fraquezas, é porque isto foi criado pelo indivíduo em vidas passadas.
“O Amor à primeira vista” pode ser explicado pela reencarnação.
Por que algumas pessoas têm essa experiência? Talvez porque, embora seja "à primeira vista" nessa encarnação, não foi o primeiro encontro.
Duas pessoas se encontrando pela primeira vez na vida atual podem ter-se conhecido e desenvolvido uma forte ligação emocional ao longo de muitas vidas. Eles podem ter sido casados um com o outro.
Podem ser chamas gêmeas (almas gêmeas) que se conhecem e se amam desde sua criação.
Quando se encontram pela primeira vez na encarnação presente, podem ter um sentimento profundo pelo outro, pois seu amor desenvolveu-se ao longo de centenas, talvez milhares de anos.
Chamas gêmeas sugerem reencarnação. Se a reencarnação não é uma realidade, e nós temos apenas uma vida, porque não estão todos com suas chamas gêmeas, suas outras metades?
Por que estaríamos com outra pessoa qualquer? Milhões de pessoas não são casadas e muito poucos daqueles que estão casados amam-se da forma como as chamas gêmeas o fazem. Estatísticas de divórcio não indicam relacionamentos entre chamas gêmeas.
A reencarnação nos ajuda a compreender porque existem problemas de relacionamento e porque é extremamente importante resolver esses problemas. Pessoas casadas, por exemplo, podem estar tendo um matrimônio karmico.
Aqueles que têm um relacionamento karmico, têm karma, um com o outro, porque mal trataram um ao outro em uma vida passada. Quando aquela vida terminou, eles ainda tinham problemas em seu relacionamento e fortes sentimentos negativos, ex: raiva, ódio, ressentimento, entre eles.
A morte não acaba com seus problemas. A Lei Divina exige que eles se encontrem, provavelmente em casamento, para então resolver seus problemas e aprender a perdoar e amar incondicionalmente um ao outro. Desafortunadamente, não é isso que acontece com muitas pessoas.
Em vez de equilibrar seu karma, um com o outro, e superar seus sentimentos negativos para com o outro, muitos criam problemas ainda piores. Muitos passam anos juntos aumentando seus sentimentos negativos um pelo outro e criando cada vez mais karma, karma que deverá ser resgatado em algum momento no futuro.
Divórcio, embora às vezes melhor, não é uma solução, nem uma fuga, porque a lei divina exigirá que continuem se encontrando em vidas futuras, até que não mais tenham qualquer pensamento ou sentimento negativos contra o outro.
Se as pessoas soubessem que isso é verdade, elas fariam tudo o que pudessem para resolver seus problemas e eliminar todos os pensamentos e sentimentos negativos, um pelo outro.
Acredito que existe evidência suficiente para uma crença na reencarnação. Mesmo que as evidências não fossem tão fortes como o são, todavia, existe um outro bom motivo para acreditarmos nisto, e isto é, porque este é o único sistema que é perfeitamente justo, lógico e correto.
Deus é perfeito, então, Sua justiça tem que ser perfeita.
Ainda que muito do que acontece com as pessoas não pareça justo e adequado. A doutrina da reencarnação e do karma, é a única explicação do porque é justo, quando não parece ser.
Considere, por exemplo, as injustiças de nascimento. Se a reencarnação não for verdade e nós tivéssemos apenas uma vida para viver, então, a coisa mais justa a fazer, seria dar a todos, um mesmo começo.
Se duas pessoas estivessem disputando uma corrida, seria justo a uma delas, ter de começar no ponto de partida e a outra, na linha de chegada?
Não, é claro que não, mas esta é maneira que parece acontecer às vezes. Se existisse apenas uma vida, então todos deveriam receber um começo igual e por conseguinte, justo. E por exemplo, uma criança que nasceu de pais terríveis, numa vizinhança horrível e outra criança que nasce com pais maravilhosos e num ambiente lindo!
Uma criança é severamente mal tratada por seus pais, junta-se a uma gang no gueto em que mora e tem uma morte violenta em idade ainda jovem. A outra criança é amada, recebe excelente educação e é espiritualmente orientada. Essa criança tem uma vida longa, feliz e produtiva e experimenta um enorme crescimento pessoal. As duas crianças receberam chances iguais para ir ao paraíso, se elas tiverem apenas uma vida para provar a si mesmas que são dignas?
Como alguém pode esperar que a criança mal tratada chegue ao paraíso, se ela nunca recebeu o que precisava para chegar até lá?
Por que uma criança foi extremamente mal tratada e a outra grandemente amada? A doutrina da reencarnação pode oferecer a resposta. Talvez a criança que foi grandemente mal tratada tenha mal tratado seus próprios filhos em uma vida anterior.
Nessa vida ele teve de experimentar o inferno em que suas crianças passaram, para que ele possa ver, como eles se sentiram quando ele as maltratou. Reencarnação é o sistema mais misericordioso porque dá à criança abusada outra chance, outra vida para receber o amor, nutrição e a educação que precisa e nunca recebeu.
E dá ao ofensor a oportunidade de aprender com seus erros e mudar sua atitude.
Outra injustiça de nascimento, a qual a reencarnação explica, é a saúde física diferente. Por que uma criança nasce saudável e forte e outra com uma limitação física? Se tivéssemos somente uma vida, não seria justo para todos nascermos com as mesmas condições de saúde?
Por que alguns têm de viver uma vida inteira com alguma limitação física ou mentalmente retardados?
Os discípulos de Jesus perguntaram-lhe por que um homem nasceu cego, acreditando que poderia ser por culpa do homem, que ele deveria ter feito alguma coisa antes de nascer, provavelmente em uma vida prévia, para merecer ter nascido cego.
Reencarnação e karma proveem uma resposta para a questão do porque existem injustiças de saúde ao nascer. Alguns nascem com incapacidades que causaram a outrem em uma vida anterior.
Tendo a mesma incapacidade, eles aprendem como foi para a pessoa a quem causaram danos físicos, assim não vão querer fazê-lo novamente.
Reencarnação e karma não explicam apenas as injustiças de nascimento, mas também explicam o porque das coisas ruins ocorrem durante a vida de alguém, que não parecem merecidas.
As pessoas perguntam: por que coisas ruins acontecem com pessoas boas? Existe um livro cujo título é esta pergunta. A resposta a esta questão é que “este é o seu karma”.
Karma é a Lei de Causa e Efeito. Nós colhemos o que semeamos (Gálatas 6:7). Nem sempre, entretanto, nós colhemos o que plantamos, durante a mesma vida.
Aqueles que vivem pela espada, nem sempre morrem pela espada na mesma vida em que tiraram a vida de outrem. Quando nosso karma (tanto positivo, quanto negativo) não retorna a nós durante a vida em que foi criado, retornará em uma vida futura.
Esta é a razão pela qual acontecem coisas ruins para pessoas boas. Quando alguma coisa trágica acontece a pessoas que não parecem merecer, como acidentes mutiladores ou morte, pode ser o retorno do karma sobre eles.
Parece injusto somente porque nós não vemos a causa karmica, o que eles semearam, ou agiram errado, em uma vida passada.
Karma nunca tem a intenção de castigar, apenas de educar. Sócrates disse, “O homem tem de sofrer para se tornar sábio”.
Karma significa que precisamos ter total responsabilidade por qualquer coisa que nos aconteça. Não podemos culpar aos outros ou a Deus.
Não podemos dizer que nunca fizemos nada para merecer isto, que é injusto, incorreto. A “Lei do Karma” mostra-nos que não há injustiça em qualquer lugar do universo.
Se alguma coisa nos acontecer, que nos pareça imerecida e injusta, pode ser que a causa seja o resultado de nossas ações em uma vida passada.
Sabendo disso, não devemos nos tornar críticos e supor que quando alguma coisa de ruim acontece com alguém, que isto deva significar que fizeram algo negativo numa vida passada, ou sentirmo-nos culpados se algo de ruim nos acontecer.
Algumas vezes algumas pessoas têm vidas mais difíceis que outras, não porque são piores que as outras, mas porque escolheram equilibrar mais karma do que as outras.
Eles podem querer resgatar mais karma, equilibrando o karma de muitas vidas, em uma única vida. Também pode ser que elas sofram porque, como Jesus e alguns dos grandes santos, escolheram ajudar a equilibrar o karma da humanidade (o karma coletivo).
Ou talvez as razões para estarem tendo problemas difíceis, seja porque como aconteceu com Jó, sua fé, paciência, perseverança e forças, estejam sendo testadas.
A doutrina da reencarnação e do karma faz mais sentido do que o sistema de crença que temos hoje. Jesus disse (Mateus 5:48), “Sejam vocês então, perfeitos, assim como seu Pai, que está no céu, é perfeito”.
Se quisermos ir para o céu para estar com nosso Pai, precisamos nos tornar como nosso Pai, que é perfeito. Se tivermos somente uma vida, o que acontece com o bebê ou qualquer um que morra na juventude?
Eles não tiveram o tempo que necessitavam para crescer, amadurecer e auto-aperfeiçoarem-se.
Além disso, aqueles que morrem antes de se tornarem adultos, não envelheceram o suficiente para tomar decisões adultas, e portanto, não têm idade suficiente para serem responsáveis por seus atos, que determinariam se iriam para o céu ou para o inferno.
Mesmo aqueles que chegam à maturidade, não têm tempo suficiente para se aperfeiçoar. O ego humano nunca poderá ser perfeito.
Aperfeiçoar-se a si mesmo, é finalmente tornar-se, em Sua Elevada Divina Presença, que já é perfeita. Quantas pessoas você conhece que são como Jesus e os santos, e que preenchem os critérios de perfeição?
A vida é uma sala de aula. Cada vida é como um ano, ou um grau na escola. Da mesma forma que você não espera um aluno do jardim de infância, de cinco anos de idade, aprendendo tudo que precisa saber para graduar-se em um curso superior, e obter um PHD, você não pode esperar que alguém aprenda tudo o que precisa, em uma só vida.
As crenças na pré-existência e reencarnação, já foram parte do Cristianismo, e eu creio que deveriam ser novamente. Existe evidência suficiente e há bons motivos para isso. A Verdade eventualmente prevalecerá.
Se você ainda não acredita em reencarnação, não se preocupe, pois você terá uma nova chance em sua próxima encarnação!
Elizabeth Clare Prophet